segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Elevador

Eu trabalhava num prédio bem antigo, quase que caindo aos pedaços.
Do nada, resolveram trocar os elevadores pra algo mais ~moderno e atual~ e que representasse o espírito da empresa (oi?).
Ficamos uns oito meses, mais ou menos, subindo e descendo as escadas até que, numa sexta-feira, chamaram o prédio todo para a inauguração dos novos elevadores.
Achei bem estranho alguém fazer um evento para inaugurar elevadores, mas né? Tem louco pra tudo.
Quando cheguei no térreo fiquei chocada: o lugar parecia um circo: palhaços, pipoca, algodão doce e um fulano muito estranho com um megafone berrando: "venham todos conferir as aventuras do elevador ímpar".
A única coisa que eu conseguia pensar é: o que há de tão emocionante em um elevador que serve só os andares ímpares?
Resolvi entrar na fila pra ver qualé e quase me arrependi (a sorte é que eu gosto desses brinquedos de ~aventura~ e pra mim foi bem legal. O fato é que o elevador ímpar era nada mais, nada menos, que uma montanha russa.
É, pois é.
E o pior é que não era uma montanha russa comum, dessas que tem um carrinho, com cinto de segurança, e tudo mais. A coisa mais parecia uma boia de rafting e todo mundo desesperado porque não tinha lugar pra se segurar. Era um festival de gente caindo e batendo a cabeça que olha, tava lindo, só que não.
Tava me sentindo nesse gif aqui.
Uma experiência única, pra nunca mais.

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