domingo, 22 de dezembro de 2013

Liberdade

Estava com uma amiga numa tarde qualquer testando um novo app para celular. Ele dizia que era capaz de tirar o stress de qualquer pessoa em 1h.
O app pedia sua geolocalização e ainda pedia para você confirmar o endereço exato em que estava. Tudo isso porque eles mandavam até você um monte de filhotes de cãe pra você bricar, passear, fazer o que quiser, por uma hora. E eles não vinham num carro ou algo assim, eles vinham presos em balões de gás, voando lindamente.
No nosso pedido (sempre surpresa, não era permitido escolher a raça dos cães) vieram dois filhotes de Husky, um Golden, um Labrador, um Beagle e dois viralatinhas.
Eu estava encantada com os cãezinhos e, ao mesmo tempo, preocupadissima porque minha amiga soltou todos os filhotes na rua alegando que eles precisavam ser livres "chega dessa história de cão anti-stress".
Eu concordava com ela, mas solta-los no meio da rua, onde passam dezenas, centenas de carros e caminhões não era nada coerente.
Dois filhotes foram atropelados, um caiu num bueiro e outro desapareceu. Eu gritava, desesperada com minha amiga e dizia: "sua louca, perdemos os filhotes" e ela: "relaxa, eles estão muito melhores agora".
Vou ficar sem saber que fim levaram os outros filhotes, fim levamos eu e ela.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Diretor de planejamento

Estávamos todos em reunião para ouvirmos o planejamento editorial do novo projeto da agência. O diretor de planejamento convocou cerca de quinze pessoas para esse momento. Ele achava importantíssimo que todas as áreas fossem envolvidas nessa etapa já que na próxima semana começaríamos a produção efetiva do material. Editores, repórteres, atendimentos, designers, diretores de arte, produtores, todos ali, só esperando para ouvir o que ele tinha a dizer.
Do nada a porta se abre e o Pixel entra, caminhando ereto, sobre duas patas, como se fosse um humano. Ele usava gravata borboleta e um óculos preto. Tinha exatamente a mesma altura, mas parecia um humano adulto.
Fiquei meio sem entender porque, até onde eu me lembrava, havia saído de casa horas antes e ele tinha ficado lá, como um cão normal, andando como cão, latindo e rosnando como um cão. Um cão, apenas.
Eis que ele começa a falar. Sim, falar, como humanos fazem. E deu um show apresentando o projeto. Ele tinha pensado, planejado e escrito tudo e falava com muita propriedade sobre o assunto. Ao final da reunião o pessoal o aplaudiu e ele adorou. Fez festinha pra todo mundo, como se fosse um cão normal e, 2 segundos depois, voltava a ser humano de novo.
Foi algo muito, muito estranho mesmo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Executiva de fronteira

Depois de muito tempo mudei de profissão: agora atravesso pessoas ilegalmente nas fronteiras de vários países que não existem.
A travessia acontece pelo mar, de barco ou jetski.
Minha função é escoltar os imigrantes e protege-los da policia.
Aliás, eu negocio uma "ajuda de custo" com os policiais pra garantir a segurança de todo mundo.
Até hoje ninguém foi preso, pego ou deportado.
Sou muito sucesso!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Atlântida

Acordei um dia, vesti meu maiô de natação, peguei minha touca, óculos, uma mochila, e fui para o trabalho.
Na cidade em que eu vivia não existiam ruas convencionais, com carros, ônibus e coisas do gênero. Era uma cidade totalmente alagada e as ruas transformaram-se em pequenos rios, dando espaço aos botes, caiaques, e pequenos barquinhos.
Ao invés de andar pelas calçadas as pessoas nadavam. Nadar era o "vou a pé para o trabalho", "vou correr na rua" e coisas do gênero.
Debaixo de nós era possível ver plantas, peixes e todo um habitat incrivelmente conservado convivendo com os humanos da superfície.
As construções ficavam suspensas, meio que flutuando em suas fundações e o único momento em que colocávamos os pés no chão era dentro de algum lugar: trabalho, casa, restaurantes, etc, fora isso, tudo boiava.
Os humanos também era diferentes: no exato momento em que entravam em contato com a água, escamas tomavam o lugar da pele e guelras de abriam no pescoço, garantindo assim que ninguém morresse afogado. Quando saíamos da água, voltávamos a nossa forma normal. 
Não existia julgamento sobre altura, peso, cor dos cabelos ou pele. Os humanos eram incrivelmente evoluídos, um orgulho.
A única questão que ainda não estava muito resolvida era o banho: toda vez que entrava debaixo do chuveiro as escamas apareciam, dificultando um pouco as coisas. A água encanada estava em processo de tratamento para que não ativasse mais as células aquáticas especiais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Elevador

Eu trabalhava num prédio bem antigo, quase que caindo aos pedaços.
Do nada, resolveram trocar os elevadores pra algo mais ~moderno e atual~ e que representasse o espírito da empresa (oi?).
Ficamos uns oito meses, mais ou menos, subindo e descendo as escadas até que, numa sexta-feira, chamaram o prédio todo para a inauguração dos novos elevadores.
Achei bem estranho alguém fazer um evento para inaugurar elevadores, mas né? Tem louco pra tudo.
Quando cheguei no térreo fiquei chocada: o lugar parecia um circo: palhaços, pipoca, algodão doce e um fulano muito estranho com um megafone berrando: "venham todos conferir as aventuras do elevador ímpar".
A única coisa que eu conseguia pensar é: o que há de tão emocionante em um elevador que serve só os andares ímpares?
Resolvi entrar na fila pra ver qualé e quase me arrependi (a sorte é que eu gosto desses brinquedos de ~aventura~ e pra mim foi bem legal. O fato é que o elevador ímpar era nada mais, nada menos, que uma montanha russa.
É, pois é.
E o pior é que não era uma montanha russa comum, dessas que tem um carrinho, com cinto de segurança, e tudo mais. A coisa mais parecia uma boia de rafting e todo mundo desesperado porque não tinha lugar pra se segurar. Era um festival de gente caindo e batendo a cabeça que olha, tava lindo, só que não.
Tava me sentindo nesse gif aqui.
Uma experiência única, pra nunca mais.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mestre

Sou praticante de artes marciais desde criança. É orgânico, visceral em mim; respiro e vivo isso, e todo mundo sabe. Sou dessas que anda de kimono (preto) pela rua, como se fosse a coisa mais normal do mundo (pra mim, na verdade, é).
Dia desses recebi em casa um envelope dourado, lindo de morrer. Nele havia um bilhete contendo apenas um endereço e, embora não soubesse exatamente onde ficava nem o que iria fazer lá, sentia em mim que esse seria o último lugar que veria na vida. Não sei nem como explicar, mas a sensação era muito clara: eu ia morrer.
Saí pra beber naquela noite e me despedir dos amigos, que eram minha família, já que eu não tinha uma (não faço ideia do que aconteceu com todo mundo, mas eu era uma pessoa sozinha) e não contei pra ninguém o que faria nos próximos dias.
Me preparei bastante durante a próxima semana, coloquei algumas coisas dentro duma pequena mochila e parti. Quando cheguei no endereço me sentia ansiosa e apreensiva. Toquei a campainha de uma porta preta, que se abriu sozinha.
Andei por um corredor estreito e muito escuro até chegar numa espécie de pedreira. Não sei descrevê-la muito bem mas era um grande espaço aberto, cercado por enormes paredes de pedra, como se fosse uma arena, o chão era de cascalho e uma poeira muito leve pairava no ar. Fiquei paralisada olhando ao redor, sem saber exatamente o que fazer quando, de repente, as paredes começaram a se desfazer: blocos de pedras voavam em minha direção e eu só conseguia correr já que não havia um lugar sequer para eu me esconder. Quando dei por mim, percebi que as paredes estavam mudando de forma. Era como se alguém as estivesse esculpindo. Os desenhos se formavam como que por mágica diante dos meus olhos e eu ali,  paralisada, encantada, abismada com tudo aquilo. Águias, dragões, grandes falcões, muitas, muitas aves gigantes e carrancas enormes brotavam das paredes, até que, do nada, o rosto de um índio apache saltou no meio de todas as outras figuras. Ele piscava e pronunciava palavras sem som mas que eu podia perfeitamente entender (pena que não me lembro exatamente do discurso). O tempo passava de uma forma diferente ali dentro e não sei dizer quanto tempo durou tudo isso, só sei dizer que, logo após essa sucessão de eventos, a boca do índio se abriu e de lá saiu, voando, o Mestre que havia me mandado o envelope.
Quando olhei pra ele tive ainda mais certeza de que ia morrer. Ele veio pairando lentamente em minha direção, tirou sua katana da bainha e iniciamos uma luta, com o único detalhe de que eu não tinha uma katana.
Enquanto lutávamos os animais da parede se moviam e faziam barulhos ensurdecedores. Era difícil manter-se concentrada. Não me lembro muito bem da luta em si, se me machuquei, se senti dor, nada disso, me lembro apenas que, do nada, parei pra tomar água (oi?) porque eu estava com uma sede descomunal. Quando voltei pra luta o Mestre não tinha mais a katana e sim uma pistola. Ou seja, não era mais luta. 
Ele puxou o gatilho e eu não me lembro de mais nada.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Torneio Tribruxo

Voltei a Hogwarts depois de muito tempo. A sensação de cruzar novamente a grande porta é indescritivelmente real. Reencontrei grandes amigos e fiquei genuinamente feliz em rever Harry, Gina, Hermione e Ron. Mas o que me deixou mais feliz mesmo, por mais bizarro que seja, foi rever Voldemort, ou Tom, como eu carinhosamente o costumo chamar (e ele, obviamente, odeia).
Já argumentei com Dumbledore (que assim como Tom, não morreu, mas isso é só um detalhe) que ele teve uma fase obscura da vida, se meteu com coisas pesadas, andou com uma turma estranha, mas que passou e que eu realmente acredito que ele tenha se regenerado. O coitado do menino nunca foi amado de verdade, por ninguém. E não é amor de mulher ou coisa assim, é amor de mãe, de pai, de amigos.
Ninguém sabia muito bem como lidar com ele e só o ensinaram a ter disciplina e ser estudioso, mas nunca ninguém pegou o garoto pela mão e foi dar uma volta no jardim, por exemplo. Daí vem todo mundo dizer: ah, mas o Harry também foi criado assim e não saiu virado no Jiraiya matando geral e torturando os outros. E eu concordo, mas sei lá, tem algo em mim que vê uma pontinha de esperança no coração do Tom. Me julguem.
Enfim, voltei a Hogwarts porque Dumbledore resolveu fazer um novo "Torneio Tribruxo", que de bruxo não tinha nada porque todo e qualquer tipo de magia estava proibida. Perguntei pra ele porque raios ele escolheu esse nome e ele disse que anda meio velho e sem criatividade e que ia ficar assim mesmo (quem nunca foi teimoso que lance o primeiro expelliarmus).
Eu achei ótimo esse torneio sem magia, porque né? Não sabia nada e ia me ferrar, com certeza. O evento durou vários dias (mais do que os originais) e era uma grande gincana. Ninguém saía do castelo até terminar a gincana (sim, essa isso que parecia, uma gincana de escola, mas foi tão, tão legal haha) e todas as pistas estavam escondidas com os funcionários de Hogwarts e seus habitantes: professores, fantasmas, diretores, animais, e era preciso convencê-los a nos liberarem as pistas. Se não fosse bom de conversa, já era.
Eu estava quase no fim, acho que faltavam umas 3 pistas pra concluir e fui até Tom pegar uma delas. Engraçado que a pista que estava com Dumbledore era a pista que levava ao Voldemort, achei bem curioso. E o mais bizarro é que a pista estava escondida no meio dos dentes do Tom. Foi um parto conseguir tirá-la de lá. Ele tava meio irritado, coitado. Enfim, quando fui abrir o papel pra ler a pista, recebi uma ligação e fui obrigada a voltar ao trabalho, aqui em São Paulo, porque entraríamos em fechamento e eu precisava produzir mais duas fotos antes da data final de entrada do material em gráfica.
Dumbledore ficou arrasado e disse que nunca mais faria um Torneio Tribruxo sem magia, pra eu aprender a deixar de ser mal agradecida.
#chatiado


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Coração Puro

Essa noite sonhei que um cardiologista e sua equipe descobriram uma forma inovadora de filtrar a água e torná-la própria para o consumo. Em todos os corredores do hospital em que eles trabalhavam (e em todas as lojas, empresas, escolas, qualquer lugar) havia esse novo filtro criado por eles.
A invenção consistia basicamente em ter um coração humano (de alguém que já morreu, obviamente) no meio do filtro; toda a água contaminada que entrava no aparelho passava pelo coração e tornava-se automaticamente limpa.
O detalhe mais importante do filtro é que ele só funcionava com corações de pessoas que haviam sido boas e puras enquanto vivas. Se a pessoa tivesse sido ruim a água do filtro saía preta! Se a passoa realmente foi boa enquanto viva, seu coração poderia ser utilzado sem problemas.
A água tinha um gosto normal, sem cheiro ou gosto de nada.
0_o
Bom dia!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dream on está no ar!

Já faz um certo tempo que venho pensando em abrir um espaço para guardar meus sonhos.
Tinha desistido da ideia por pura falta de tempo e por preguiça também, confesso.
Mas nas últimas semanas, enquanto postava os sonhos no meu perfil pessoal do facebook, várias pessoas vieram me perguntar quando é que eu levaria isso mais a sério.
Foi pensando nisso que preparei esse espaço: agora vou organizar e catalogar todos os meus sonhos, desde os mais antigos até, obviamente, os que eu tiver daqui pra frente.
Não garanto que o blog será atualizado todos os dias; não é sempre que lembro de tudo o que sonhei na noite anterior - e vale lembrar aqui que meu tempo anda meio escasso, então, pode ser que não role mesmo.
Mas quero que esse seja um espaço divertido e meu objetivo, além de organizar meus sonhos e garantir que eles não se percam em minha memória, é compartilhar esses 'eventos' com meus amigos, que sempre me incentivaram a colocar esse projetinho no papel.
Pra essa estréia, consegui resgatar alguns sonhos de 2012 e 2013 e são os primeiros que publico aqui.
Mais pra frente a ideia é transformar esse espaço em algo colaborativo, recebendo ilustrações, fotos, colagens, textos e tudo que possa representar meus sonhos.
Espero que se divirtam comigo e me ajudem a manter esse espaço vivo.

Ah! Importante: além do blog, o Dream on também está no twitter (@dreamonfabis) e no Facebook!
Curtam a página, me sigam no twitter, interajam!

Um beijo
Fabis

#VAICORINTHIANS

Essa noite sonhei que o Corinthians inaugurou o Itaquerão e que comprou um helicóptero para filmar e transmitir a visão aérea das partidas em tempo real.
Daí um dia, durante um jogo, um dos helicópteros da PM foi lá e, a mando da FIFA, abateu o pobre helicóptero corintiano.
A torcida ficou revoltada e decidiu acampar na entrada e na parte de dentro do Itaquerão, impedindo assim a abertura da Copa do Mundo.
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Bom dia!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Maôe!

Essa noite sonhei que minha mãe levou o Pixel pra tomar banho e tosar.
O coitado do cachorro voltou com mega hair (oi?) e tingido de rosa com gliter por cima!
Depois disso, fomos passar a tarde na casa do Silvio Santos porque né? Nossas famílias são muito amigas #NOT.
Chegando la, dou de cara com o Gustavo Lamounier de Campos que, no caso, era sobrinho do Seu Silvio!
Bom dia!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Conectado

Sonhei que o Luan Santana lançava um app para celular. Nele, as pessoas calculavam quanto o "ser amado/desejado" precisava emagrecer pra se tornar perfeito.
Os critérios: endereço da pessoa, idade, peso atual e a foto de um famoso que você considere padrão de beleza.
E vocês aí preocupados com Lulu e Tubby.
Bom dia.